SUBE, Subte e afins: transporte público em Buenos Aires
Guia 2023
Com cerca de 15 milhões de habitantes, a área metropolitana de Buenos Aires (AMBA) é uma das mais movimentadas do mundo. Apesar do grande número de pessoas que entram e saem diariamente da capital, ela consegue oferecer aos seus moradores e visitantes um sistema de transporte público abrangente, eficiente e muito econômico.
São mais de 180 linhas de ônibus, 6 de metrô e 7 de trem atendendo Buenos Aires, além de uma rede de mais de 300 estações de bicicletas, o que se traduz em muitas opções e combinações de transporte possíveis.
Uma característica interessante é que, à diferença do Brasil, a classe média portenha é usuária em peso do transporte público, já que muitas vezes termina sendo mais rápido e conveniente do que dirigir até determinados locais.
Apesar dos nomes tão parecidos, SUBE e Subte são duas coisas bem distintas:
- SUBE (sigla para “Sistema Único de Boleto Electrónico”) é um cartão magnético recarregável emitido pelo governo argentino que é indispensável para usar a rede de transporte público nas principais cidades do país.
- Subte (encurtamento de “Subterráneo”) é o nome genérico do metrô de Buenos Aires, que por sua vez é o único da Argentina.
O cartão SUBE (“la tarjeta SUBE”, ou simplesmente “la SUBE”) é a única forma de pagamento aceita em metrôs, ônibus e trens de Buenos Aires e das principais cidades argentinas. O passo a passo para a sua utilização é o seguinte:
- Comprar o cartão e registrá-lo com seu número de documento ou passaporte.
- Aproveitar a compra para já carregá-lo pela primeira vez, normalmente com dinheiro em espécie.
- Para usar a SUBE, basta apoiá-la nos leitores correspondentes localizados dentro dos ônibus ou nas catracas dos metrôs e dos trens.
- O valor da passagem é debitado automaticamente do seu saldo disponível. Caso fique sem crédito, é possível acumular um saldo negativo que será debitado na seguinte recarga.
- Recarregue o cartão sempre que necessário.
Atualmente, o preço oficial do cartão SUBE é de um pouco mais de 1 dólar (ver valor em pesos argentinos aqui).
De tempos em tempos, a SUBE pode entrar em falta e ficar mais difícil de se conseguir. Nesse caso, os eventuais revendedores costumam cobrar um preço mais alto do que o oficial.
Existem várias opções para adquirir o seu cartão SUBE:
- No Aeroparque Jorge Newbery: Centro de Atendimento ao Turista ou kiosko “Open 25” (loja de conveniência).
- No Aeroporto de Ezeiza: kiosko “Open 25” (loja de conveniência).
- Na Cidade de Buenos Aires: nas bilheterias das estações de metrô ou em algum Centro de Atendimento ao Turista (Recoleta, Palermo, Calle Florida, Caminito).
- Online: no site da SUBE ou por WhatsApp. Para receber o cartão, a melhor alternativa é ir até a estação de trem de Retiro, mas você também pode pedir entrega a domicílio pagando um pouco mais.
Dica! Alguns hostels e apartamentos temporários de Buenos Aires podem chegar a emprestar uma SUBE aos hóspedes durante a estadia.
As recargas podem ser feitas em qualquer um dos numerosos pontos autorizados, que costumam ser estações de trem e metrô, kioskos (lojas de conveniência), bancas e casas lotéricas. Esses comércios normalmente exibem o logotipo da SUBE em algum lugar bem visível. A maioria só aceita dinheiro em espécie.
Já as recargas online podem ser feitas com o app Carga Sube, disponível apenas para sistema Android.
Depende de quantas vezes você pretenda usar transporte público e de quantas pessoas estiverem viajando com você. Como referência, com o equivalente a 1 dólar é possível pagar umas 6 passagens de metrô, 10 de ônibus ou 20 de trem. Por outro lado, cada SUBE tem um saldo máximo permitido de cerca de 13 dólares.
Confira abaixo os principais meios de transporte públicos de Buenos Aires: metrô, ônibus, trem e bicicleta. Para saber como se locomover de táxi ou com apps de transporte, dê uma olhada no post Uber em Buenos Aires: vale a pena?
TRANSPORTE EM BUENOS AIRES | $
Inaugurado em 1913, o sistema de metrô de Buenos Aires foi o primeiro da América Latina! A versão atual do Subte é o resultado de diversos processos de modernização e ampliação ao longo dos anos. Atualmente existem 6 linhas de metrô, cada uma sendo identificada por uma cor diferente: A (azul claro), B (vermelho), C (azul escuro), D (verde), E (roxo) e H (amarelo). É possível fazer combinações entre elas e também com alguns trens. Todas as linhas convergem para o microcentro portenho, a principal área hoteleira e turística da cidade.
É a forma mais rápida e fácil de chegar a destino, já que o metrô passa com bastante frequência. É um transporte econômico e utiliza o mesmo cartão SUBE que os ônibus e trens. É possível fazer combinações entre as diferentes linhas de metrô. O subte também está conectado às principais avenidas, estações de trem e paradas de ônibus da cidade. Permite transportar bicicletas e patinetes fora do horário de pico.
Não funciona durante a madrugada. Costuma estar lotado no horário de pico (dias úteis de 7h30 a 9h e de 17h a 18h30). Ocasionalmente o serviço pode apresentar demoras ou ser interrompido. Só está disponível em certos bairros e não chega a nenhum dos aeroportos de Buenos Aires.
Para saber que metrô ou combinação de transportes pegar, você pode usar o mapa interativo ou app BA Como Llego da prefeitura de Buenos Aires, ou ainda os apps internacionais Moovit ou Transit. Em qualquer caso, basta fornecer a sua localização inicial e o destino final e escolher a alternativa mais conveniente.
As estações do Subte estão sinalizadas com os nomes da primeira e da última estação da linha em questão. Por ex., no caso da linha D, “Catedral a Congreso de Tucumán”. Se quiser ir no sentido do centro da cidade, escolha a entrada que diz “A Catedral”. Se quiser ir para Belgrano, escolha a que diz “A Congreso de Tucumán”. Depois é só passar pela catraca correspondente usando o cartão SUBE.
Vale lembrar que na Argentina é costume ceder o assento a mulheres grávidas, mães ou pais com filhos pequenos e pessoas mais idosas.
Você pode conferir o mapa oficial do metrô de Buenos Aires aqui, incluindo todas as possíveis combinações entre as 6 linhas e o premetro (trecho mais afastado do metrô que funciona sobre a superfície).
O site da Emova, empresa concessionária do metrô portenho desde novembro de 2021, também tem outros mapas do subte, incluindo um mapa com o detalhe das ruas e um mapa ilustrado.
A tarifa básica do metrô de Buenos Aires é de cerca de 15 centavos de dólar (ver preços atualizados em pesos aqui). Se você precisar pegar mais de um transporte público em um período de 2 horas, a tarifa vai ficando ainda menor. Além disso, também existe um desconto para quem usa o metrô mais de 20 vezes por mês.
Como no caso dos ônibus e dos trens, a passagem de metrô deve ser paga exclusivamente com o cartão SUBE.
Para fazer combinações de linhas dentro do metrô você pode usar a mesma passagem. Para combinações de metrô com linhas de trem é preciso passar a SUBE novamente.
Os horários do metrô variam de acordo com cada linha e com o dia da semana. Mas, no geral, o serviço funciona de segunda a sexta das 5h30 às 23h30, nos sábados das 6h às 00h e nos domingos e feriados das 8h às 22h30. Confira os horários exatos neste link.
De qualquer forma, os portenhos têm à sua disposição o app BA Subte para saber quando vai passar o próximo metrô e é qual o estado geral do serviço.
Andar de metrô em Buenos Aires é geralmente uma experiência tranquila, mas de qualquer forma é recomendável estar atento às suas bolsas ou mochilas para evitar possíveis furtos.
Por outro lado, apesar de não representar nenhum perigo, é bom saber quase sempre aparecem vendedores ambulantes no metrô e nos trens. Alguns têm o costume de deixar o produto nas pernas dos passageiros e depois voltam para buscá-los. Se não estiver interessado não precisa fazer nada ou basta dizer “no, gracias”.
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Em Buenos Aires, ônibus é colectivo ou bondi (mais informal). São mais de 180 linhas circulando pela cidade, cujas cores variam de acordo com a empresa prestadora. Esse meio de transporte é o mais utilizado pelos moradores, já que todos os bairros têm paradas de pelo menos alguma linha. Quando o trajeto for maior, é comum combinar dois ou mais ônibus para chegar ao destino.
É uma forma rápida e fácil de chegar a destino, já que existem muitas paradas e os ônibus passam com bastante frequência. Funcionam 24 horas por dia. A passagem é mais barata do que a do metrô e mais cara do que a do trem. Maior área de cobertura que o metrô, já que circulam por todos os bairros portenhos e também pela região metropolitana de Buenos Aires. Se o trânsito estiver muito pesado, o trajeto será mais lento.
Para saber que ônibus ou combinação de transportes pegar, você pode usar o mapa interativo ou app BA Como Llego da prefeitura de Buenos Aires, ou ainda os apps internacionais Moovit ou Transit. Em qualquer caso, basta fornecer a sua localização inicial e o destino final e escolher a alternativa mais conveniente.
Ao subir no ônibus, a prática é dizer ao motorista pra onde você vai (por ex. “Córdoba y Uriburu, por favor” ou “A Caminito, por favor”), esperar que ele autorize e apoiar o cartão SUBE na máquina.
Vale lembrar que na Argentina é costume ceder o assento a mulheres grávidas, mães ou pais com filhos pequenos e pessoas mais idosas.
A tarifa básica para os ônibus de Buenos Aires é de cerca de 10 centavos de dólar (ver preços atualizados em pesos aqui). Se você precisar pegar mais de um transporte público em um período de 2 horas, a tarifa vai ficando ainda menor.
Como no caso do metrô e dos trens, a passagem de ônibus deve ser paga exclusivamente com o cartão SUBE.
Os ônibus funcionam 24 horas por dia, embora com frequência reduzida a partir das 23h. Por esse motivo, a espera entre um ônibus e outro pode ser de 2 a 40 minutos.
De qualquer forma, governo argentino disponibiliza o app Cuándo Subo, para que os passageiros saibam quando vai passar o próximo ônibus e se existe alguma demora anormal no serviço.
O Metrobus é um sistema de faixas exclusivas para ônibus que funciona em certas avenidas da cidade, como a Av. 9 de Julio, a Av. Leandro N. Alem, a Av. Juan B. Justo ou a Av. Cabildo. O objetivo foi permitir que os ônibus circulassem a maior velocidade nessas artérias, reduzindo assim o tempo de deslocamento dos eventuais passageiros.
As estações do Metrobus são paradas de ônibus especiais, que ocupam vários metros e estão muito bem sinalizadas, contando inclusive com Wi-Fi e tomadas para celulares.
Os ônibus turísticos de Buenos Aires são aqueles famosos ônibus de dois andares e teto conversível que funcionam com o sistema hop-on hop-off, permitindo descer e subir quantas vezes você quiser em qualquer uma das suas paradas.
Existem duas linhas de ônibus turísticos na cidade, a vermelha e a amarela, e cada uma delas faz um trajeto diferente. Veja mais detalhes aqui.
E por que não conhecer Buenos Aires a bordo de um ônibus turístico de dois andares, fazendo quantas paradas você quiser?
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O tren (ou ferrocarril) é meio de transporte mais barato e popular em Buenos Aires, ideal para médias distâncias. Da estação de Retiro saem trens para áreas turísticas de Palermo (Las Cañitas) e Belgrano (Barrio Chino) e também para municípios da Zona Norte, como Olivos, San Isidro ou Tigre. Aliás, se você pretende ir de trem até o Delta de Tigre, dê uma olhada no post 10 melhores passeios de Buenos Aires a Tigre.
É o transporte mais econômico de todos. É o transporte mais rápido e conveniente para médias distâncias. A frequência entre um trem e o seguinte é de cerca de 15 minutos. Permite transportar bicicletas e patinetes fora do horário de pico. Não funciona durante a madrugada. Costuma estar lotado no horário de pico (dias úteis de 7h30 a 9h e de 17h a 18h30). Ocasionalmente o serviço pode apresentar demoras ou ser interrompido. Só está disponível em certos bairros e municípios, e não chega a nenhum dos aeroportos de Buenos Aires.
Para saber que trem ou combinação de transportes pegar, você pode usar o mapa interativo ou app BA Como Llego da prefeitura de Buenos Aires, ou ainda os apps internacionais Moovit ou Transit. Em qualquer caso, basta fornecer a sua localização inicial e o destino final e escolher a alternativa mais conveniente.
As estações de trem estão sinalizadas com os nomes da primeira e da última estação de cada ramal. Aqui é preciso ficar atento porque uma mesma linha tem vários ramais. Por ex., a linha Mitre que tem o ramal Retiro-Tigre, tem mais quatro ramificações que levam a destinos diferentes. Depois de escolher o sentido correto, é só passar pela catraca correspondente usando o cartão SUBE.
Vale lembrar que na Argentina é costume ceder o assento a mulheres grávidas, mães ou pais com filhos pequenos e pessoas mais idosas.
Confira aqui um mapa com os trajetos e estações das 7 linhas de trem de Buenos Aires. As de maior interesse turístico são a linha Mitre, especialmente o ramal Retiro-Tigre, e a linha do Tren de la Costa.
A passagem básica de trem em Buenos Aires é de cerca de 05 centavos de dólar (ver preços atualizados em pesos aqui). Se você precisar pegar mais de um transporte público em um período de 2 horas, a tarifa vai ficando ainda menor.
Como no caso do metrô e do ônibus, a passagem de trem deve ser paga exclusivamente com o cartão SUBE.
Os horários dos trens variam de acordo com cada linha, ramal e dia da semana. Mas, no geral, o serviço funciona de segunda a sexta das 5h00 às 22h30, e nos sábados, domingos e feriados das 6h às 22h. Confira os horários exatos neste link.
De qualquer forma, o governo argentino disponibiliza o app Trenes Argentinos, para que os passageiros saibam quando vai passar o próximo trem e se existe alguma demora anormal no serviço.
Andar de trem em Buenos Aires é geralmente uma experiência tranquila, mas de qualquer forma é recomendável estar atento às suas bolsas ou mochilas para evitar possíveis furtos.
Por outro lado, apesar de não representar nenhum perigo, é bom saber quase sempre aparecem vendedores ambulantes.
É um trem bem menor e quase exclusivamente turístico que circula pela Zona Norte, às margens do Río de la Plata. O trajeto conecta o município de Vicente López com o município de Tigre.
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Conhecer Buenos Aires de bicicleta ou bici (leia-se “bíci”) é uma experiência única, especialmente quando o clima está agradável. A rede de ciclovias (também chamadas de bicisendas) se expandiu muito nos últimos anos e hoje está presente em praticamente todos os bairros.
Para sair pedalando por aí você tem várias alternativas. Por um lado, a prefeitura disponibiliza um serviço de aluguel de bicicletas públicas em vários pontos estratégicos da cidade. Outra opção é contratar um tour de bicicleta por Buenos Aires, com a vantagem de ter guias e todo um grupo te acompanhando, além de trajetos predefinidos que passam por diversos pontos de interesse. Por último, existem hotéis que alugam ou emprestam bicicletas aos hóspedes, como é o caso do Hotel Pulitzer Buenos Aires, do Fierro Hotel Boutique e do CasaSur Bellini.
É um meio de transporte saudável e sustentável. Ampla rede de ciclovias. Permite conhecer a cidade de forma econômica, seja por conta própria ou como parte de um tour. Alguns estabelecimentos dão benefícios e descontos aos ciclistas. Não pode ser usada em dias de chuva. Apesar da existência de ciclovias, andar de bicicleta em uma grande cidade exige atenção redobrada, principalmente se não estiver em grupo.
O Ecobici é um programa da prefeitura de Buenos Aires que permite pegar uma bicicleta em uma estação e devolvê-la em qualquer outra. É um serviço pago atualmente, que só continua sendo gratuito para pequenos trajetos de moradores nos dias úteis. As bikes, com sua característica cor laranja e patrocínio do Itaú, estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias.
Para ter acesso ao sistema, basta baixar o app BA Ecobici por Tembici e fazer seu cadastro. Serão solicitados os seguintes dados: cartão de crédito internacional, passaporte vigente, endereço em Buenos Aires, telefone celular e e-mail.
Como turista estrangeiro, você pode adquirir atualmente 4 opções de passes:
- Passe único: 1 trajeto único de até 30 minutos (aprox. US$ 1,50).
- Passe diário: 6 trajetos de até 1 hora cada um durante 1 dia (aprox. US$ 4,50).
- Passe de 3 dias: trajetos ilimitados de até 2 horas cada um durante 3 dias (aprox. US$ 10).
- Passe de 7 dias: trajetos ilimitados de até 2 horas cada um durante 7 dias (aprox. US$ 12).
Após a aprovação da compra, você já pode se dirigir à base mais próxima e desbloquear uma das bicicletas disponíveis. Quando terminar de pedalar, é só devolver a bicicleta em qualquer outra estação. No caso dos passes que permitem trajetos ilimitados, é preciso esperar cerca de 15 minutos para liberar a mesma ou outra bicicleta.
Confira aqui o mapa das ciclovias de Buenos Aires, que também mostra todas as estações de bicicletas públicas, várias bicicletarias que fazem manutenção e estabelecimentos que dão benefícios aos ciclistas.
Vale lembrar que com o app BA Como Llego, ou com os apps internacionais Moovit ou Transit, você pode saber qual é o melhor trajeto indicando a localização inicial e o destino final.
Existem várias agências que oferecem tours de bicicleta em Buenos Aires. O mais popular costuma ser um passeio de bike grupal de 3 ou 4 horas de duração pela parte norte (Palermo e Recoleta) ou sul da cidade (Centro e La Boca). Uma variante é combinar os dois percursos em uma excursão de dia completo com almoço incluído. Alguns tours também permitem fazer o passeio em e-bikes (bicicletas eletrônicas).
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