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Zoo de Buenos Aires vira ecoparque

Zoo de Buenos Aires vira ecoparque

zoo de buenos aires 2017


Em junho de 2016, o governo portenho interrompeu a concessão privada do Zoo de Buenos Aires, estatizando a área de 18 hectares localizada no coração do bairro de Palermo. O objetivo foi iniciar um processo de transformação do zoológico em um ecoparque, pondo fim a uma tradição de mais de 140 anos.

Embora a mudança esteja alinhada a uma tendência mundial de zoológicos e aquários mais ecologicamente responsáveis, a transformação do Zoo de Buenos Aires é um caso inédito no mundo, já que será o primeiro zoológico em deixar de hospedar animais de forma permanente.

As espécies irão sendo transferidas a diferentes reservas ou santuários naturais, menos naqueles casos em que tirá-los do cativeiro representaria um sério risco de vida. O lugar também vai funcionar como uma clínica para atender animais vítimas do tráfico ilegal, ajudando a recuperá-los e liberá-los em seus hábitats naturais.

O ecoparque vai oferecer ao público atividades recreativas com a ajuda de elementos tecnológicos, buscando incentivar a conscientização ambiental. Também serão organizados encontros de ONGs e feiras de empreendedores que ofereçam soluções sustentáveis. A ideia é forjar a criação de um “corredor ecológico”, vinculando o antigo zoológico aos seus vizinhos Jardim Botânico e Bosques de Palermo (oficialmente denominado Parque 3 de Febrero), em um percurso integral voltado à biodiversidade.

Como funciona atualmente o novo ecoparque?

O Zoo de Buenos Aires permaneceu fechado por alguns dias após a estatização, mas em julho de 2016 reabriu suas portas como projeto “Ecoparque Interactivo de Buenos Aires“, já com menos animais em exibição. Também foram incorporadas diversas novidades que estarão no futuro ecoparque, como as experiências de realidade virtual. Atualmente abre de quarta a domingo, das 10h às 17h ou até esgotar o limite de 2.000 visitantes por dia. O valor do ingresso é de 245 pesos, sendo gratuito para menores de 12 anos inclusive, aposentados nacionais e pessoas com deficiências físicas.

Durante o período de transição, o valor arrecadado com os ingressos será destinado em parte à restauração da estrutura arquitetônica e à alimentação dos bichos remanentes. A estimativa é que o processo completo de transformação será concluído em um prazo de seis anos.

O que aconteceu com os outros zoológicos de Buenos Aires?

É importante esclarecer que os outros zoológicos que ficam nas aforas de Buenos Aires, como o Temaikén ou o Zoo Luján, continuam funcionando normalmente. O Temaikén é famoso por exibir as espécies em amplos espaços abertos, dando a sensação de estarem soltos, enquanto o Zoo Luján permite um contato bem direto, incluindo entrar nas jaulas, tocar nos animais e tirar fotos.


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O que você acha da transformação radical do Zoo de Buenos Aires? Já teve a oportunidade de visitar o novo ecoparque? Conte pra gente nos comentários!